Com um público de profissionais que, juntos, representam pelo menos 70 milhões de cabeças na pecuária brasileira, terminou na sexta-feira (24), em Campinas (SP), o 10º Simpósio da Associação Nacional da Indústria de Suplementos Minerais (ASBRAM).
Na abertura oficial, a diretora-executiva da ASBRAM, Elizabeth Chagas, agradeceu especialmente aos dois patrocinadores, as empresas Vale Fertilizantes e Mosaic. Na sequência, o presidente da associação, Nelson Lopes, revelou os dados de uma pesquisa que mostram que as 54 empresas de suplementos minerais associadas à ASBRAM são responsáveis por 1,8 milhão de toneladas, 67% do total consumido no País. Os outros 32% são provenientes de não filiadas, que produzem cerca de 900 mil toneladas. Segundo Nelson, há, atualmente, 400 empresas atuando no Brasil, sendo responsáveis por 2,78 milhões de toneladas. “O objetivo é ter 80% delas como associadas nos próximos anos”, afirmou.
Entre os palestrantes do evento, o economista e comentarista da Globo News, Ricardo Amorim, destacou a importância da China para o desenvolvimento da economia e do agronegócio brasileiro. Ele contou que os problemas de infraestrutura do Brasil, como energia, rodovia e ferrovia, vão ser solucionados pelos chineses, que viram em nosso País uma grande oportunidade de negócios. O comentarista fez ainda bons prognósticos para a economia brasileira em 2018 e revelou: “Por mais duas décadas, o agronegócio vai ser a bola da vez no Brasil, sustentado especialmente pelas exportações para a China e a Índia”.
Mas foi a produção de uma pecuária sustentável o ponto central dos debates desta edição do 10º Simpósio ASBRAM. O pesquisador, mestre em sustentabilidade e escritor norte-americano, John Ikerd, foi um dos palestrantes e apresentou ao público as oportunidades de negócio da proteína animal brasileira no mercado externo, descrevendo como o Brasil pode contribuir com um planeta sadio, explorando todas as oportunidades que o mercado mundial oferece. “O Brasil precisa investir em tecnologias para melhorar a produção de carne, sem se esquecer da sustentabilidade representada pelas pastagens naturais e das preocupações com o meio ambiente”, afirmou.
Já o pesquisador da Embrapa, Evaristo de Miranda, lançou a pergunta: quanto as pastagens brasileiras retiram de carbono da atmosfera? Com esse questionamento, ele rebateu as críticas feitas contra a pecuária brasileira no cenário mundial. Ele afirmou que o Cerrado, o Pantanal, a Caatinga e, especialmente, as pastagens plantadas retiram, todos os anos, uma grande quantidade de carbono da atmosfera. Segundo ele, falar de emissões de gases de efeito estufa dos bovinos sem revelar os benefícios que as pastagens promovem ao meio ambiente é “uma meia verdade”.
O evento teve, ainda, a homenagem, com o Prêmio Excelência ASBRAM 2017, para o professor e pesquisador da ESALQ/USP, Moacyr Corsi, considerado um dos maiores especialistas do mundo em pastagens intensivas, manejo, adubação e conservação em pecuária de corte e de leite. O troféu foi entregue pelo ex-presidente da ASBRAM, Fernando Penteado. “Foi uma honra e satisfação enorme receber essa premiação. Minha vida profissional foi dedicada à pecuária, sempre acreditando que ela pode ser tão rentável quanto a agricultura”, disse o professor.
O evento também teve a degustação de churrasco de carne meio-sangue Senepol, preparado pelo mestre parrillero argentino, Daniel Mansour. “Hoje, tivemos Senepol na entrada e no prato principal, sempre levando aos consumidores o nosso lema: o Senepol é bom do Pasto ao Prato”, afirmou Camillo Gomes Leal, diretor de eventos da Associação Brasileira de Criadores de Bovinos Senepol (ABCB Senepol).
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