Há mais de 15 dias da Operação Carne Fraca realizada pela Polícia Federal ainda vale ressaltar os pontos positivos e a união após a Operação. O Conselheiro Fiscal do Conselho Científico Agro Sustentável, José luiz Tejon faz uma análise do que se viveu dentro deste período e como o Brasil está se recuperando de todo o fato.
De acordo com Tejon, em um dia a operação prejudicou um esforço considerável que colocou o Brasil no lugar de maior exportador de frangos do mundo e no 4º maior em suínos. Prejudicou cerca de quatro milhões de famílias envolvidas com aves e suínos no país. E isso em troca de corrupção envolvendo, a princípio, 21 plantas frigoríficas em meio a 4.800. Sem dúvida uma overdose imprópria, pois a diferença entre o remédio e o veneno estará sempre na dimensão da dosagem.
Ainda com toda a “Operação Carne Fraca”, a balança comercial brasileira registrou o melhor desempenho para março em 29 anos. Conforme o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), o superávit foi de 7,145 bilhões de dólares (22,288 bilhões de reais) no mês passado, o maior valor para o período em toda a série histórica, iniciada em 1989, de acordo com dados divulgados. As exportações de carnes bovinas, suínas e de frango somaram 1,113 bilhão de dólares (3,471 bilhões de reais) em março deste ano, valor 9% maior do que em igual período do ano passado 1,021 bilhão de dólares (3,184 bilhões de reais).
“Com certeza, o Brasil não será mais o mesmo depois de todas essas operações da Polícia Federal, e o agronegócio não será mais o mesmo depois da crise da carne. Estará mais unido, reunido e compreendendo a importância da gestão de precisão das cadeias produtivas e da revelação de vozes que sejam capazes, mas que sejam também talentosas na confiança de como suas vozes ecoam, e surfam as ondas de todas as mídias”, ressalta o Conselheiro.