O Departamento de Pecuária da Sociedade Rural Brasileira (SRB) recebe na próxima quinta-feira (5) os responsáveis pelo Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para debater as propostas de alternativas para o controle da doença sem vacinação.
O encontro contará com as presenças do diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Guilherme Marques, e do auditor da Divisão de Febre Aftosa, Plinio Lopes. Os representantes apresentarão o plano estratégico do governo para a retirada da vacinação e discutirão os desafios de sua implementação no Brasil em debate com os participantes. O evento acontecerá das 9h às 12h, na sede da SRB, localizada à Rua Formosa, nº 367 – 19º andar, no Anhangabaú.
A discussão sobre o assunto ganhou força nos últimos dias, sobretudo, após a suspensão da compra de carne bovina brasileira pelos Estados Unidos, por motivos fitossanitários. Para a coordenadora do Departamento de Pecuária da SRB, Teresa Vendramini, o momento é propício para a reflexão de como o Brasil pode recuperar a credibilidade da sua produção de carne fresca perante a comunidade internacional. “O evento organizado pela SRB será uma grande oportunidade para o pecuarista discutir os planos do governo para a erradicação da febre aftosa”, afirma Teresa. “A atuação conjunta dos setores público e privado deve ajudar o Brasil a reconquistar a credibilidade no mercado de carne bovina”, avalia a coordenadora da SRB.
PNEFA
O Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) está previsto para ser executado em um período de dez anos, fundamentado na estratégia de implementação progressiva e manutenção de zonas livres da doença, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
“Vamos tratar da estratégia do governo federal para o reconhecimento do Brasil, na comunidade internacional, como um país livre da febre aftosa sem vacinação”, adianta Marques, do Mapa. “O objetivo do programa é possibilitar que todos os Estados cheguem à mesma condição sanitária averiguada, hoje, em Santa Catarina, e, consequentemente, ter muito mais acesso a mercados e menores custos para o produtor”, diz o técnico.
A execução do PNEFA é uma responsabilidade compartilhada entre os diferentes níveis de hierarquia do serviço veterinário oficial com a participação do setor privado. Os governos estaduais, representados pelas secretarias estaduais de agricultura e instituições vinculadas, por sua vez, responsabilizam-se pela execução do PNEFA no âmbito estadual.