O uso seguro de defensivos agrícolas, a reciclagem de embalagens, a inovação e a tecnologia para garantir a sustentabilidade e a produtividade do agronegócio brasileiro foram alguns dos temas discutidos durante workshop voltado para jornalistas que cobrem o setor, realizado nesta terça-feira, dia 6, na capital paulista. Como de praxe, o evento, que é promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), a Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio), a Associação Nacional de Defesa Vegetal (ANDEF), pelo Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS) e o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), ocorreu um dia após a realização do Congresso Brasileiro do Agronegócio.
‘O sistema Campo Limpo e a economia circular’ foram abordados na palestra de Renata Nishio, gerente de Destinação Final e Desenvolvimento Tecnológico do inpEV. “Nenhuma das nossas 110 empresas associadas coloca uma embalagem no mercado sem pensar em como ela vai para o lixo”, destacou, informando que o Brasil lidera o ranking do setor com 94% das embalagens plásticas primárias (que entram em contato direto com o produto) recebendo a correta destinação pós-consumo. “Nenhum país do mundo registra uma cobertura tão ampla”, ressalta. Na França, que é o segundo colocado, a destinação não passa de 77%, seguida pelo Canadá (73%). Os Estados Unidos ocupam o nono lugar no ranking, com 33%.
Outros assuntos do encontro foram ‘A importância da ciência para uma produção agrícola mais competitiva’, apresentado por Mário Von Zuben, diretor executivo da ANDEF; ‘A revolução agrícola protagonizada pelo controle biológico’, por Amália Borsari, diretora executiva da ABCBio; e ‘Brasil, potência agroambiental’, por Caio Dalla Vecchia, presidente do GTPS.
A exemplo do que ocorreu durante o Congresso Brasileiro do Agronegócio, a pesquisa recente feita pelo Instituto Butantã, que diz não existir uma dose mínima segura para os defensivos usados na agricultura brasileira, também foi alvo de críticas. “Desconheço a metodologia utilizada nesse estudo, que coloca na lona não só a agricultura brasileira, mas também a mundial”, disse o presidente da ABAG, Marcelo Brito. “Este é um único estudo que põe em xeque todo o conhecimento científico acumulado em décadas”, argumentou Mario Von Zuben, da ANDEF.
O Grupo Publique participou do Workshop, ao lado de jornalistas dos principais veículos de comunicação do setor agro do País.
* Por Mylene Abud