Fazenda Fini aprimora com Genômica

Estudo realizado pela Neogen confirma soluções para um rebanho mais eficiente e lucrativo

Ganhos de 5.390 kg de produção na primeira lactação e aumento de 64% na produção de proteína na lactação. Estes são alguns dos resultados positivos obtidos pela Fazenda Fini, no Paraná, com o uso da genômica. Os números fazem parte de um estudo de caso realizado a campo pela Neogen, em conjunto com a Associação Paranaense dos Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (ABCBRH) e a Universidade Estadual de Ponta Grossa, para aprimorar as práticas da propriedade, melhorando o desempenho e, consequentemente, a produtividade e a lucratividade.

“O objetivo do nosso trabalho foi avaliar o quanto a seleção genômica faz a diferença real na produção da primeira lactação dos animais. Selecionar os animais por genômica torna o rebanho mais rentável, além de evitar os gastos e a manutenção desses piores animais no rebanho”, assegura Rafael Tavares Ribeiro, Gerente Técnico Leite da Neogen.

A operação de benchmarking na Fazenda Fini teve início em setembro de 2017. Comandada pelo sr. Hans Jan Groenwold, a Fini é uma das mais importantes propriedades leiteiras do Brasil, localizada na região dos campos gerais, na Colônia Castrolanda. Lá, as quase 1.000 vacas em lactação, todas da raça Holandesa, são mantidas em sistema de confinamento free stall. Em 2018, a propriedade ficou em 10º lugar no Top 100 MilkPoint, com a produção de 31.623 litros/dia.

Para o estudo de caso, foram agrupadas 120 primíparas, com controle leiteiro oficial da ABCBRH e as seguintes características comuns: partos no mesmo ano e idênticos processos de manejo, alimentação, ambiente e sala de ordenha.

Os animais foram genotipados no perfil Igenity Prime® da Neogen, separados entre Top 10% genômico e os últimos 10% para as categorias de Produção de leite (lbs), Produção de Gordura (lbs), Produção de Proteína (lbs) e Contagem de Células Somáticas (CCS).

No quesito Produção de Leite, o grupo Top 10% registrou PTA (Habilidade Prevista de Transmissão) Leite média de 880 lbs e produção média de 13.074 Kg em 305 dias, enquanto os últimos 10% registraram PTA Leite média de  -1.112 lbs e produção média de 7.684 kg em 305 dias. Ou seja, houve uma diferença de 5.390 kg de produção de leite entre os dois grupos na primeira lactação.

No item Produção de Gordura, foram apurados os seguintes números: para o Top 10%, PTA gordura média de 30 lbs e produção média de 437 Kg/305 dias; e, nos últimos 10%, PTA gordura média de -42 lbs e produção média de 275 kg/ 305 dias, gerando uma diferença de 161 kg de gordura ou 58% na primeira lactação.

Em Produção de Proteína, os números para o  Top 10% foram PTA Proteína média de 23 lbs e produção média de 399 Kg/305 dias e, para os últimos 10%,  PTA Proteína média de -24 lbs e produção média de 244 kg/305 dias, uma diferença de 155 kg de proteína ou 63% na primeira lactação.

Por fim, na Contagem de Células Somáticas (CCS), foram registrados para o Top 10% PTA CCS média de 1.81 e CCS Média de 49.000, e para os últimos 10%, PTA CCS média de 2.25 e CCS Média de 178.000 – diferença de -129.000 células ou redução de 72% nas Top.

Com base nestes resultados, considerando-se o custo de Cria Novilha 24 meses de aproximadamente R$ 4.100,00 e a produção e receita de R$1.35 por litro, as Top 10% somaram R$17.650,00 contra  R$10.374,00 do grupo dos últimos 10%. Ou seja, uma diferença de R$7.276,00 a mais nas TOP 10%.

A Margem Operacional foi de aproximadamente 25% (Top 10%: R$ 4.412, últimos 10%: R$ 2.593. Diferença de R$ 1.819,00 a mais nas TOP 10%). Ou seja: as Top 10% pagaram o seu custo de cria na primeira lactação, enquanto o grupo dos últimos 10% levaria 1.6 lactações para cobrir esses custos. “Com R$1.819,00 a mais em 12 novilhas Top (Total R$21.828,00) são pagos 122 testes do Perfil Igenity Prime®”, estima Rafael Ribeiro.

Ao mostrar os números na prática, explica Rafael, o estudo de caso da fazenda Fini ressaltou a importância do uso da genômica para a seleção do rebanho, evitando desperdício de tempo e de dinheiro. “É uma ferramenta essencial para o produtor ter um rebanho mais rentável, escolher melhor os seus animais, e para deixar claros esses resultados. A diferença de produtividade provou que realmente a ferramenta genômica funciona na prática”, analisa.

O Igenity permite que os produtores de leite saibam mais sobre os seus animais e se sintam mais confiantes sobre as decisões de seleção de novilhas de substituição. A genômica de produtos lácteos fornece uma estimativa confiável do verdadeiro potencial genético do animal desde muito cedo. Aos dois meses de idade, já é possível ter informações sobre o comportamento do animal quando este entrar no rebanho de ordenha. “Esta informação economiza muito dinheiro que se perderia ao escolher novilhas inferiores como substituições. Além disso, o uso da genômica pode melhorar a taxa de progresso genético, permitindo a tomada das melhores decisões de acasalamento”, pontua.

Além de Rafael Ribeiro, Gerente Técnico Leite da Neogen e médico-veterinário, o estudo de caso da Fazenda Fini teve como autores o Dr. Altair Antônio Valloto, da Associação Paranaense dos Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (ABCBRH), e o Prof. Dr. Victor Breno Pedrosa, da Universidade Estadual de Ponta Grossa.

 

Sobre a Neogen do Brasil

Com instalações de ponta para análises genômicas e de bioinformática, a Neogen oferece aos criadores de bovinos a determinação de identidade (paternidade) e de características relacionadas à produtividade. Por meio de um teste rápido de DNA, são geradas informações que permitem prever o desempenho esperado de um animal no rebanho para várias características, como ganho de peso, taxa de fertilidade, facilidade de parto e suscetibilidade a doenças. A Neogen fornece soluções na área de genômica para gado de corte e de leite, suínos, ovinos, cães e aves, além de plantas. A empresa desenvolve e comercializa produtos para a segurança de alimentos e animais.

A divisão de Segurança Alimentar comercializa meios de cultura desidratados, kits para testes diagnósticos de bactérias causadoras de doenças de origem alimentar, toxinas naturais, alimentos alergênicos, resíduos de drogas, doenças em plantas e controle de sanitização. A divisão é líder no desenvolvimento da genômica animal, em conjunto com a fabricação e a distribuição de uma grande variedade de produtos veterinários, incluindo kits diagnósticos, produtos farmacêuticos, instrumentos veterinários, produtos para os cuidados com a pele e desinfetantes. A empresa subsidiária Neogen do Brasil foi estabelecida em 2009 e tem registrado um crescimento de duplo dígito nas receitas de suas divisões de Segurança Alimentar e de Segurança Animal.

 

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