O programa Fala Carlão bateu aquele papo saboroso em São Paulo com José Eduardo Camargo, Presidente da Associação Brasileira de Castanhas e Nozes (ABCN) e Diretor do Departamento de Agronegócio (DEAGRO) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Conversa sobre amêndoas, castanhas e que tais durante a reunião conjunta dos Conselhos de Agronegócio e Comércio Exterior, na sede da Federação.
No ano passado, as exportações do segmento somaram US$ 190 milhões, uma cifra pouco representativa perto dos outros produtos da balança comercial do agronegócio brasileiro, mas um setor extremamente promissor. “Há dez anos, o Brasil exportou US$ 229 milhões do conjunto de nozes, e o Chile, US$ 96 milhões. No ano passado, os chilenos exportaram US$ 586 milhões, multiplicando as vendas por seis”, diz Camargo. “Se o Brasil tivesse multiplicado por seis os US$ 229 milhões, teríamos exportado US$ 1,3 bilhão de nozes e castanhas, o que colocaria o segmento como o 15º produto da pauta de exportação nacional”, acrescenta o diretor.
O diagnóstico motivou, no final do ano passado, a criação da Associação Brasileira de Nozes e Castanhas (ABNC), que reúne o pessoal da castanha-do-pará, do Amazonas, Pará e Acre; da noz-macadâmia, do Sudeste; da noz-pecã, do Rio Grande do Sul; da castanha-de-baru, do Cerrado e da castanha-de-caju, do Nordeste. Queremos trabalhar juntos na pesquisa, na produção, na promoção, na comercialização e no consumo”, diz Camargo, que é proprietário da QueenNut, uma das pioneiras da produção de macadâmia no Brasil, que processou 1.450 toneladas no ano passado.