Entidades do agro querem mudança na vacina de febre aftosa

Por Laís Lis, G1, Brasília

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e outras cinco entidades pediram mudanças na composição da vacina contra febre aftosa. Segundo as entidades, a alteração é necessária para evitar reações à vacina, que podem ocasionar abscessos (inflamações) na carne do animal.

Foi a presença desses abscessos que levou os Estados Unidos a suspender a importação de carne bovina fresca do Brasil no dia 22 de junho.

Segundo a CNA, as entidades querem a retirada de uma substância denominada saponina, que foi adicionada na composição da vacina oleosa. Segundo a entidade, essa substância não estava prevista na composição original da vacina e está relacionada à irritação no local da aplicação, que pode levar aos abscessos. As entidades pedem ainda que a dose da vacina seja reduzida de 5 ml para 2 ml.

Assim que os Estados Unidos anunciaram a suspensão das importações de carne bovina in natura do Brasil, o Ministério da Agricultura anunciou que faria uma avaliação da qualidade da vacina aplicada. Além disso determinou que os frigoríficos que fosse exportar carnes para os Estados Unidos fizesse o corte da peça, o que ajudaria a identificar a presença das inflamações.

Está prevista para o dia 13 de julho uma visita da equipe técnica do Ministério da Agricultura aos Estados Unidos para prestar esclarecimentos sobre a qualidade da carne brasileira e tentar retomar as vendas para os norte-americanos.

A CNA estima que para retirar os abscessos antes de vender a carne os produtores perdem até dois quilos de carne por animal abatido.

A nota é assinada pela CNA; Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC); Associação Brasileira dos Frigoríficos (ABRAFRIGO); Associação dos Criadores de Mato Grosso (ACRIMAT); Conselho Nacional da Pecuária de Corte (CNPC); e Sociedade Rural Brasileira (SRB).

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