Conselheiro da SRB critica episódio do navio de bovinos vivos

Foi destaque dos grandes jornais impressos brasileiros nesta quinta-feira a carta de protesto enviada pelo Conselheiro da Sociedade Rural Brasileira, Rodrigo Junqueira Castejón, atual Diretor Comercial do Grupo Publique. Castejón criticou a postura “circense” do Judiciário brasileiro, que permitiu um ativismo dos chamados ‘protetores dos animais’ absolutamente prejudicial aos interesses da produção agropecuária nacional e aos resultados da balança comercial brasileira. A Justiça concedeu no último domingo uma liminar e liberou o navio MV NADA, contratado pela empresa Minerva Foods para deixar Porto de Santos e exportar 25 mil bovinos vivos para a Turquia, numa das maiores movimentações comerciais de gado em pé já realizadas pela Pecuária do Brasil. O pedido atendido foi da Advocacia-Geral da União (AGU).

A liminar suspendeu a decisão do juiz federal Djalma Moreira Gomes, da 25ª Vara Cível Federal de São Paulo, que no dia 2 vetou a exportação e proibiu a saída do navio do País. Há um mês, o caso virou uma novela sem fim e sentido. Outras decisões judiciais impediram o embarque e a empresa chegou a ser multada em R$ 1,4 milhão, pela Prefeitura de Santos, sob a acusação de maltratar os animais. A Minerva Foods reafirmou que seu processo de exportação de gado vivo segue todos os procedimentos adequados para preservar o bem-estar dos animais durante o transporte, embarque e no decorrer da viagem até o destino. E que a exportação é uma atividade mundialmente rotineira e, no Brasil, devidamente regulamentada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O dirigente da SRB e do Grupo Publique ressaltou que os investidores internacionais podem parar de comprar nossos produtos pecuários e há necessidade de mais sensatez por parte das autoridades brasileiras. “Falta de segurança jurídica e excesso de ignorância não podem parar o espetáculo que é o Brasil que produz”, concluiu Rodrigo Junqueira Castejón.

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