Congresso Brasileiro do Agronegócio 2018

O evento será promovido em São Paulo no dia 6 de agosto e contará com os mais conceituados analistas da atualidade para debater os temas relevantes do agronegócio. No painel de encerramento da  edição 2018 do Congresso Brasileiro do Agronegócio, que será promovido pela ABAG – Associação Brasileira do Agronegócio e a B3 – Brasil, Bolsa, Balcão, no dia 6 de agosto, em São Paulo, será apresentado o documento Plano de Estado – 2030, organizado por importantes entidades do agronegócio brasileiro, com dimensões e ambições inéditas: tornar o Brasil, em dez anos, o maior e melhor produtor mundial de alimentos.

Tendo por tema “2019: Novo Governo e Prioridades”, o painel discutirá a concretização da ideia norteadora de contribuir para a segurança alimentar sustentável do Planeta, condição considerada indispensável para se garantir a paz no mundo, pois onde não há fome, fica mais fácil alcançar a paz.

Nesse sentido, o Plano aborda o desafio de atender alguns pressupostos. Na macroeconomia, por exemplo, a prioridade é manter rigidamente a inflação em níveis que permita previsibilidade na economia, de forma a sustentar o processo de crescimento. Nesse sentido, o setor deverá apoiar e lutar pela necessária reforma da previdência, seguida das reformas tributária e política. No plano internacional, cabe ao país desenhar uma tática para fazer do agronegócio um ativo estratégico, de forma a exportar produtos com maior valor agregado.

Tanto para o desenvolvimento interno, quanto para atingir as metas internacionais, a gestão do agro, o empreendedorismo e a coordenação das cadeias produtivas dependem de um sistema educacional sólido que, em todos os níveis, assegure maior eficiência em todos os seus elos.

Em termos de sustentabilidade, o Plano pressupõe a utilização de áreas limitadas, mas já antropizadas na Amazônia para produção agrícola; a recuperação de pastagens degradadas no Cerrado e a geração de conhecimento para analisar os desafios e as potencialidades da Caatinga. Ainda nessa área é indispensável um esforço para aumentar a eficiência dos motores automotivos para o maior uso de etanol, com ênfase em políticas públicas para estimular tecnologia voltada, principalmente para o transporte coletivo e de carga. No caso do biodiesel, o aumento gradual da mistura obrigatória e conservação do Selo Combustível Social. Além disso, o Programa Renovabio precisa ser regulamentado.

Vale destacar também que, para incrementar o desenvolvimento sustentável, ganha relevância o papel de inclusão social e econômica representado pelo cooperativismo. Sendo assim, devemos privilegiar todas as ações voltadas para seu fortalecimento, especialmente o Programa de Capitalização de Cooperativas de Crédito, que necessita ser transformado em política pública permanente.

Por fim, o Plano de Governo salienta ser necessária uma melhor coordenação entre os vários órgãos responsáveis pela execução das políticas voltadas para o agro. Com a ausência de diretrizes e planos de médio e longo prazos, inexiste mecanismos de avaliação. Cabe fortalecer garantias de renda ao produtor (seguro rural); atualização e instrumentos de intervenção no mercado; além de revitalização da assistência técnica e extensão rural. Uma melhor coordenação interna do setor, pressupõe também aperfeiçoar sua comunicação com a sociedade para superar preconceitos históricos que afetam injustamente a imagem do Agro no Brasil.

Além da apresentação do Plano de Governo – 2030, o Congresso Brasileiro do Agronegócio, cujo tema principal será Exportar para Sustentar, debaterá no 1º painel Fontes de Financiamento para o Agronegócio, tendo em vista que o setor deverá entrar no circuito dos aportes estrangeiros, principalmente nas áreas de infraestrutura e logística. Os riscos geopolíticos do Brasil e da América do Sul passam por soluções e estratégias na área financeira para atrair capitais com longo prazo de maturação. Teremos uma visão de diferentes players do mercado, abordando as vantagens e desvantagens das diferentes opções de financiamento.

O 2º painel, cujo tema será Comércio Exterior: Limites e Oportunidades, avaliará como o Brasil se posicionará em um cenário internacional, cujas negociações estão cada vez mais difíceis. Nenhum país quer abrir mão de sua segurança alimentar, com a importação de mais produtos.

A Palestra Inaugural fará uma reflexão sobre a Geopolítica e Mercado internacional: impactos para o Brasil.  O contexto contemporâneo é de grandes mudanças na estrutura do sistema de poder mundial. Existem efeitos contraditórios no crescimento e na integração global. A emergência econômica de novos países e as aceleradas mudanças tecnológicas terão fortes implicações na posição relativa nacional.

O Congresso Brasileiro do Agronegócio também prestará algumas homenagens, por meio dos seus já tradicionais prêmios. Para este ano, no Prêmio Norman Borlaug, a escolhida foi a consultora em Biossegurança e Biosseguridade, Leila dos Santos Macedo e para o Prêmio Ney Bittencourt de Araújo, foi o Presidente da CNA – Confederação Nacional da Agricultura, João Martins da Silva Junior.

A expectativa da ABAG e B3 é receber aproximadamente 800 pessoas, um seleto público formado por empresários, executivos de empresas, gestores públicos ligados ao agronegócio, além de especialistas, consultores, lideranças setoriais, pesquisadores, produtores rurais e profissionais dos vários segmentos da cadeia. As inscrições estão abertas e podem ser feitas pelo site www.cbaabagb3.com.br

 

plugins premium WordPress