O Coordenador do Núcleo Econômico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Renato Conchon, afirmou nesta sexta-feira, 1º de setembro, que o desempenho positivo da agropecuária nos dois primeiros trimestres do ano levaram a entidade a rever a estimativa de alta no Produto Interno Bruto (PIB) do setor de 9% para 11% em 2017. O desempenho ainda “lento e modesto”, apesar de positivo, de outros setores fez com que a entidade reduzisse a projeção de alta do PIB brasileiro neste ano de 0,5% para 0,3%.
“O crescimento do PIB do Brasil no segundo trimestre, de 0,2%, é demonstração que estamos saindo da crise. O desempenho ainda é lento e moroso, mas pelo menos estamos crescendo”, disse Conchon. De acordo com ele, a CNA estima que a agropecuária contribua com 40% da alta de 0,3% estimada para o PIB Brasileiro em 2017, ou 0,12 ponto porcentual. Já o PIB do agronegócio, que inclui o antes e o depois da porteira e é calculado pela entidade em parceria com a Esalq/USP, deve avançar 7% sobre 2016, segundo a CNA.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o PIB da agropecuária ficou estável no segundo trimestre de 2017 ante o trimestre anterior, mas avançou 14,9% sobre igual trimestre de 2016 e acumula alta de 6,2% nos quatro últimos trimestres, o único setor positivo entre os avaliados.
“O desempenho no semestre é muito robusto. Essa alta de 14,9% no segundo trimestre de 2017 é a maior para o período desde 1996, o que é muito significativo”, disse Conchon. “Esperávamos uma queda sobre o primeiro trimestre de 2017, porque a base de comparação era alta. Por isso, a estabilidade também surpreendeu e é fruto da tecnologia que produtor colocou no campo e do clima favorável.