Estadão Conteúdo – Os executivos do Minerva acreditam que o ciclo pecuário no Brasil deve seguir favorável até pelo menos 2019. Ou seja, eles projetam uma oferta confortável de animais terminados para abate nos próximos dois anos. Sobre o preço da arroba do boi gordo, a perspectiva é de que se mantenha estável, com leve tendência de baixa. “Para 2018, chegam ao mercado os nascimentos (bezerros) recordes e, com isso, 2019 deve ser ainda mais favorável”, afirmou, nesta sexta-feira, 10, o presidente da companhia, Fernando Galletti Queiroz, durante teleconferência com analistas sobre os resultados do terceiro trimestre de 2017.
O Minerva Foods registrou lucro líquido de R$ 85,8 milhões no terceiro trimestre deste ano, uma alta de 80,9% ante o registrado em igual período do ano passado, de R$ 47,4 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado somou R$ 311,8 milhões no terceiro trimestre, um crescimento de 25,1% ante igual intervalo do ano anterior (R$ 249,3 milhões). A margem Ebitda passou de 9,8% no terceiro trimestre do ano passado para 9,1% no mesmo período deste ano.
Queiroz ponderou que, apesar da perspectiva de oferta crescente de animais, existe uma tendência de fortalecimento do mercado doméstico, com o aumento do consumo de carne bovina no Brasil, além de crescimento das exportações, com a demanda mundial se voltando à América do Sul. O crescimento da demanda pode equilibrar os preços, daí a perspectiva de estabilidade.
“O mercado interno deve se manter aquecido. Com uma alta de consumo de carne bovina no quarto trimestre, vimos fortes vendas em outubro, estamos muito otimista com o desempenho do setor no trimestre”, disse Queiroz.
Nesse cenário, o frigorífico acredita que deve seguir com o movimento de elevação de sua utilização de sua capacidade instalada que ficou em 77% no trimestre. “Trazendo a companhia para um nível de 80% é uma meta ambiciosa para o curto prazo”, afirmou o diretor de Finanças da empresa, Edison Ticle.