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Vendas de sêmen bovino crescem 19,1% em 2019

Nas raças de corte, o aumento foi de 27,9%. No leite, chegou a 7,2%.

O mercado brasileiro de genética bovina completa mais um período de ótima performance e fecha o primeiro semestre de 2019 com 19,1% de aumento nas vendas gerais de sêmen, na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado é um dos destaques do balanço de mercado publicado pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA).  Foram comercializadas 6.090.104 doses contra as 5.114.601 doses verificadas na primeira metade de 2018. A maior elevação foi registrada nas raças de corte, com 3.757.526 de doses vendidas, aumento de 27,9%. Nas raças leiteiras, também houve melhora, com 2.332.578 de doses, 7,2% acima do período anterior.

“Na genética de corte, estamos acompanhando um crescimento que se mostra constante e sustentável. São cinco semestres consecutivos, e com números no patamar de dois dígitos. O que é um indicativo de que o setor cresce como um todo. E prova de que o uso da genética na Pecuária de Corte está consolidado, atraindo cada vez mais novos usuários na adoção da técnica”, analisou Sérgio Saud, presidente da ASBIA.

No total de vendas de sêmen para Corte por estado, o destaque foi para o Mato Grosso, com 19,7% da comercialização. Em segundo, ficou Mato Grosso do Sul, com 15,6%, com o Pará na terceira posição, com 11,3%. Na sequência, vieram Goiás (10,2%), Rio Grande do Sul (6,1%), Minas Gerais (5,7%), Rondônia (5%), Tocantins (4,5%), São Paulo (4%), Paraná (3,5%) e Outros (14,4%). Já no Leite, o total apresentou Minas Gerais, com 31,5% das vendas, seguido do Rio Grande do Sul, com 15,6% e Paraná, com 13,7%. Em seguida, marcaram presença no ranking Santa Catarina (12,1%), Goiás (7,6%), São Paulo (6,1%), Bahia (2,4%), Ceará (1,7%), Mato Grosso (1,3%), Mato Grosso do Sul (1,1%) e Outros (6,7%).

As exportações também conseguiram emplacar seis meses bem positivos nas vendas, avançando 21,3% sobre o primeiro semestre do ano passado, com 168.270 doses, contra 138.713 doses do período anterior. O total embarcado no Corte foi de 66.461 doses (no primeiro semestre de 2018 foi de 55.964 doses) e o de Leite 101.809 doses (82.749 doses no primeiro semestre do ano passado).

Outros bons números vieram na importação de sêmen, que cresceu 53,9% sobre 2018. No Corte, entraram no Brasil 2.066.112 de doses, melhor performance dos últimos cinco anos, mais do que o dobro do alcançado no primeiro semestre de 2018, que foi de 963.674 de doses. Na importação de sêmen de Leite, foram 1.869.151 doses, também superior ao primeiro semestre do ano passado, quando foram importadas 1.593.775 doses.

Um volume pouco menor do que o recorde do primeiro semestre de 2015, quando se alcançou 1.917.997 doses. “A importação teve um bom desempenho como consequência do momento positivo vivido pelo segmento como um todo. É natural que a Indústria comece a se preparar para a Estação de Monta, ajustando a oferta necessária para atender as fazendas”, pontuou o executivo da entidade.

Produção Nacional – A produção também fechou bem o primeiro semestre de 2019, com total de 4.209.516 de doses, resultado 17,7% sobre o primeiro semestre de 2018. Já o balanço geral do movimento de sêmen no Brasil mostra uma entrada de 8.144.779 de doses, 32,8% a mais do que no mesmo período do ano passado, que ficou em 6.135.272. Foram 3.935.263 de doses de sêmen importado nesta metade de ano.

O presidente a ASBIA reforçou que a expectativa para o segundo semestre é muito boa já que os números apontam para outra estação bastante aquecida, com uso de touros melhoradores, da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) como ferramenta principal na utilização da genética melhoradora. “Tudo indica, também, uma alta na procura pelo cruzamento industrial, com o uso expressivo de animais como Angus, Brangus e Senepol. São raças que vão crescer neste segundo semestre”, acrescentou Saud.

Presidência – O presidente da ASBIA, Sérgio Saud, deixa o cargo no fim deste mês, depois de três anos comandando a entidade. “Foram dias de muito trabalho em prol do fomento no uso da inseminação artificial como ferramenta de melhoramento genético. Nosso foco principal foi sempre este. Porém, também atuamos forte na defesa dos interesses do setor, das empresas, e junto às entidades governamentais. Como na luta contra a aprovação do Projeto de Lei que previa a proibição da Inseminação Artificial na Paraíba. Por último, e muito importante, a questão de desenvolver ações para sedimentar os caminhos futuros da Asbia, com a entrada de novos associados, para manter a longevidade do trabalho da ASBIA”, finalizou Sergio Saud.

Sobre a ASBIA – Atualmente, a ASBIA representa 95% do mercado brasileiro de inseminação artificial. A entidade conta com 27 associados, entre empresas de inseminação artificial, de produção de embriões, de nutrição, as principais associações de raça, além de laboratórios envolvidos na área de reprodução bovina.