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“Personalidades do Ano 2015” pela ABC

A Associação Brasileira de Criadores (ABC) divulga os agraciados da tradicional homenagem que acontecerá em 7 de dezembro, mais uma vez na capital paulista

Em sua 14ª edição, o prêmio “Personalidades do Ano” está em contagem regressiva. A Associação Brasileira de Criadores (ABC) divulgou a lista dos homenageados. Trata-se de técnicos, políticos, acadêmicos, pesquisadores e produtores ligados à pecuária brasileira, cujo desempenho em 2015 foi notável. A honraria é concedida pela entidade que, em 2016, completará 90 anos de existência e uma jornada importante na organização de empresários e profissionais do setor. A comemoração acontecerá dia 7 de dezembro, no Anhembi Tênis Clube, Zona Oeste da cidade de São Paulo (SP).

Os agraciados de 2015, por categoria, são:

Personalidade do Ano 2015 – Fernando Penteado Cardoso, presidente Honorário da Fundação. Não é possível falar qualquer coisa da condição de “celeiro do mundo” – quando tratamos de Brasil e sua ascensão internacional na produção de alimentos, hoje como protagonista – sem citar o nome Fernando Penteado Cardoso. Com “Fernando tudo dá”. Para muitos, dr. Fernando é o pai da revolução verde do Brasil.

Nascido em São Paulo, em 19 de setembro de 1914, é viúvo, pai de seis filhos e possui vinte netos e 34 bisnetos. É engenheiro agrônomo formado, em 1936, pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da ESALQ-USP. Entre seus inúmeros feitos, foi fundador da Manah S.A. (fertilizantes e pecuária de corte), além de outras empresas. Militou em diversas entidades de classe do setor rural e também ocupou cargos públicos. É das personalidades mais homenageadas dentro e fora do País. Em 2015, Fernando Penteado Cardoso foi incluído como referência entre as 100 personalidades mais influentes do agronegócio brasileiro, segundo a revista “Dinheiro Rural”, edição de outubro último.

Pecuária de Corte – Bento Abreu Sodré de Carvalho Mineiro, diretor da Fazendas Sant’Anna, da Sociedade Rural Brasileira (SRB) e conselheiro da Rural Jovem, importante e ativo organismo também da SRB, onde desempenhou decisivo papel na fundação, em 2009. Bento é cientista social formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e filho de um casal memorável da agropecuária nacional, Maria do Carmo Abreu Sodré Mineiro e Jovelino Carvalho Mineiro Filho. Apesar da profissão, sempre esteve envolvido com as propriedades rurais da família. Aliás, gostava de passar suas férias nas fazendas, quase nunca viajava. De qualquer forma, seus primeiros 15 anos de vida foram na Fazenda Bela Vista, em Pardinho (SP). Em função disso, desde garoto, alguns dos projetos ficavam sob sua exclusiva responsabilidade. Era o gosto pela lida. Bento não se diz um especialista, mas alguém totalmente envolvido com a bovinocultura de corte, em especial, a geração de genética, um insumo para a produção de carne. Uma das áreas que mais gosta de atuar é a de marketing, na comercialização.

Pecuária de Leite – Carlos Alberto Pasetti de Souza, empresário, executivo e produtor rural das Fazendas Colorado, no Estado de São Paulo. É filho de Lair Antonio de Souza, consagrado industrial e empresário rural, produtor de leite por três vezes laureado “Personalidade do Ano” pela ABC, e fundador do Grupo Pasetti de Souza, complexo agroindustrial formado a partir das Fazendas Colorado. É contabilista, administrador de empresas e membro das Câmaras Setoriais de Citricultura e de Leite e Derivados do Estado de São Paulo. Ao lado dos irmãos Luiz Antonio, Regina Elena e Célia Maria, Carlos Alberto comanda a Grupasso S.A., holding do Grupo Pasetti de Souza, que controla a Laticínios Xandô, a Sucorrico Citrus e a Plastirrico, empresas que atuam nos segmentos de leite, suco de laranja e plástico, respectivamente.

Ensino/Pesquisa – Como todos sabem, é impossível falar de pecuária moderna e de pastagens eficientes no Brasil sem mencionar o nome de Moacyr Corsi. Trata-se de uma das maiores autoridades no assunto no País, reconhecida internacionalmente. Corsi é engenheiro agrônomo e professor titular do Departamento de Zootecnia da Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz (ESALQ), instituição que o graduou, e é palestrante dos mais requisitados para plateias concorridas e exigentes pelo Brasil afora. Fez mestrado na Ohio State University, doutorado na ESALQ/USP e se tornou PhD pela Ohio State University. Possui Pós-Doutorado, em West Virginia University, também nos EUA, e trabalhou como professor convidado na Massey University, na Nova Zelândia. Na ESALQ, foi um dos principais responsáveis pela criação de dois importantes centros de estágio que aliam a teoria à prática com uma consistente roupagem administrativa, que visa formar profissionais com uma bagagem que extrapola o universo puramente acadêmico: o Centro de Práticas Zootécnicas (CPZ) e o CAPIM, Caracterização e Avaliação de Pastagens e Manejo Intensivo. Há décadas é o mais fervoroso defensor do cultivo de pastagens como fator diferencial na obtenção de lucro pelo bovinocultor.

Associativismo – Agropecuarista e cooperativista há mais de 30 anos, Márcio Lopes de Freitas é graduado em Administração pela Universidade de Brasília (UnB). A paixão pela agricultura e pelo cooperativismo vem de família. São heranças de Rubens de Freitas, seu pai e exemplo de vida. Seus passos foram seguidos por Márcio tanto no campo quanto na luta pelas bandeiras do movimento. Como produtor rural e cooperativista atuante, seu pai também tinha o gosto pelo cultivo do café e da produção de leite, e ocupou cargos de liderança no setor, como a presidência da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp). E foi justamente por acreditar e defender os valores e princípios do cooperativismo, que Márcio Freitas buscou na atividade cooperada uma melhor alternativa de vida. Sua participação direta no setor teve início em 1994, nas diretorias da Cocapec e da Credicocapec, nas quais atuou como presidente.

Sua contribuição para o desenvolvimento do cooperativismo teve continuidade à frente da unidade estadual de São Paulo (Ocesp), entre 1997 e 2001, e, finalmente, como representante do movimento, no exercício de presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), naquele mesmo ano. Assumiu a presidência da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop) em 2005, com a criação da entidade. E a sua atuação não fica restrita ao território brasileiro. Ele ocupa, ainda, a presidência da Organização das Cooperativas dos Países de Língua Portuguesa (OCPLP), desde 2010.

Mídia – Natural de São Paulo capital, mas criado em São Caetano do Sul (SP), Bruno Blecher, 62 anos, é jornalista dos mais conceituados do agronegócio brasileiro e atual editor da “Globo Rural”, publicação com 30 de existência e das mais tradicionais do setor, com grande penetração. Blecher assumiu o cargo em 2011 com a missão de conferir linha editorial mais técnica e mercadológica. É ainda comentarista de agronegócio da rádio CBN desde 2012.

Casado e pai de um universitário, formou-se em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero, tradicional na formação desses profissionais, na década de 70. Mas antes cursou meses de Economia e Direito na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), onde chegou a presidir o Centro Acadêmico “22 de agosto”. Em função desse envolvimento, militou nas organizações política-estudantis da época. O atual ministro da Justiça, Eduardo Cardoso, foi seu sucessor.

Mas percebeu que se continuasse na militância política, o futuro estaria comprometido. Transferiu-se para a Cásper com a promessa de terminar o Direito mais à frente. Trabalhou no house organ do Unibanco e depois em outro do Itaú, especializado no setor rural, voltado aos clientes do crédito agrícola. Em 1986 foi contratado pelo “O Estado de São Paulo” para o “Suplemento Agrícola”, onde permaneceu até o final de 1990. Daí seguiu como repórter no caderno “Agro Folha” do jornal “Folha de S. Paulo”. Tornou-se editor e assim prosseguiu até o fechamento da publicação, em 2002. Foi ainda redator-chefe da revista “Agroanalysys”, publicada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), antes de chegar à Editora Globo.

Sócio Emérito – Antonio Roque Dechen é engenheiro agrônomo formado Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), turma de 1973, e foi admitido como F-65 honorário em 13 de outubro de 2000. É casado com a engenheira agrônoma Sonia Carmela Falci Dechen, pesquisadora do Instituto Agronômico. Dechen é professor titular da ESALQ no Departamento de Ciência do Solo (1993). Foi vice-reitor da instituição (1995 a 1999) e seu diretor (2007 a 2010), quando assumiu a vice-reitoria executiva de Administração da Universidade de São Paulo (USP) até 2013. Pela ESALQ ainda possui mestrado (1979) e doutorado (1980) nas áreas de Solo e Nutrição de Plantas, e Livre-Docência (1990). Foi pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) de 1975 a 1981, e membro da Comissão de Planejamento da USP (2008 a 2010). É coordenador do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Bioenergia e Sustentabilidade (NAPBS) da USP e diretor-presidente da Fundação AgriSus. Também ocupa a presidência do Conselho Científico de Agricultura Sustentável (CCAS) e é membro do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp (Cosag) e do Conselho de Notáveis do Prêmio Brasil Agrociência da Agrishow. Tem experiência no campo da agronomia, com ênfase em Nutrição Mineral de Plantas, atuando principalmente nos seguintes temas: Análises Químicas e Avaliações do Estado Nutricional de Plantas. Publicou 82 artigos em periódicos, oito livros, 38 capítulos de livros, e orientou 18 dissertações de Mestrado e 17 teses de Doutorado. Em 2015, Dechen é referência entre as 100 personalidades mais influentes do agronegócio brasileiro, na categoria Universidade e Pesquisa, segundo a revista “Dinheiro Rural”, edição de outubro último.

“Personalidade do Ano”

“A premiação acontece desde 2002 e já agraciou personalidades com trabalhos destacados em suas respectivas áreas. Entre eles, Roberto Rodrigues, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, João Carlos de Souza Meirelles, Antônio Ernesto Salvo, Kátia Abreu, Silvio Crestana, Ronaldo Caiado, João Almeida Sampaio Filho, Antônio Duarte Nogueira Júnior, Antônio Carlos de Mendes Thame e Monika Bergamashi. Nosso conselho, por meio de suas discussões, consegue manter bons contatos quanto à importância do que se vem realizando no setor”, explica Luiz Alberto Moreira Ferreira, anfitrião e presidente do Conselho de Administração da ABC.

Temperado por um rol de políticos militantes fervorosos do agronegócio, o prêmio da Associação sempre trabalha importantes personalidades da vida produtora porteira adentro. São pessoas que se dedicam diuturnamente à agropecuária. Figuram entre os lembrados Jovelino Carvalho Mineiro Filho, Carlos Viacava, Roberto Hugo Jank, Ovídio Carlos de Brito, Fernando Penteado Cardoso, Antônio Jorge Camardelli, Lair Antônio de Souza e Jorge Antonio Rubez; entre outros.

E a ABC também não ignora contribuições técnicas e acadêmicas. O presidente da entidade enfileira Sergio De Zen, Vidal Pedroso de Faria, Antonio Roque Dechen e Fernando Homem de Melo engenheiros agrônomos pela ESALQ. Ainda reconhece a importância da comunicação de qualidade, fato determinante na formação de opinião e transferência de tecnologias. Reconheceu profissionais de mídia como José Carlos Cafundó de Moraes, Donário Lopes de Almeida, Carlos Alberto da Silva, Daniel Bilk Costa e Demétrio Costa.

“Desta forma, com simplicidade, procuramos notabilizar papéis fundamentais no desenvolvimento da pecuária nacional, observado principalmente nas últimas décadas, exatamente aquelas que nos colocaram entre os protagonistas no fornecimento mundial de proteína animal”, conclui Moreira Ferreira, presidente da ABC.

ABC, 90 anos

Prestes a completar 90 anos, dia 7 de dezembro a Associação Brasileira de Criadores (ABC) realizará a 14ª edição do Prêmio “Personalidades do Ano”. Na ocasião, a bovinocultura conhecerá técnicos, políticos, acadêmicos, pesquisadores e produtores ligados à pecuária brasileira, cujo desempenho em 2015 foi notável. Além da honraria, a entidade que em 2016 completará nove décadas de existência, em jornada importante na organização de empresários e profissionais que dedicaram sua vida à atividade de criar animais para fins econômicos, lançará um livro comemorativo com toda sua história, “quase exemplar”, como define o presidente do seu Conselho de Administração, Luiz Alberto Moreira Ferreira.

A ABC foi fundada em 1926, com o nome Federação Paulista dos Criadores de Bovinos, quando um grupo de brasileiros, cafeicultores e produtores de leite, tomou a iniciativa de organizar-se em uma associação para desenvolver suas atividades em prol da sociedade. Trata-se de uma das mais antigas instituições de representação do agronegócio brasileiro e esteve durante toda a sua história reunindo sob suas asas republicanas e democráticas as principais lideranças e os mais lúcidos pensadores do setor.

O livro comemorativo dos 90 anos procura mostrar essa condição única, essencial para que a entidade sempre pudesse se colocar na vanguarda das melhores ideias e propostas de soluções de crises, além de formulação de políticas públicas em defesa da agropecuária nacional, ao mesmo tempo informando seus associados, autoridades e todo o público sobre inovações tecnológicas que favorecessem a competitividade e o avanço sustentado de criadores e produtores rurais em geral.

A descrição traz com muito orgulho toda essa história sobre o início da pecuária de leite e, logo em seguida, da pecuária de corte. A obra também é uma forma de homenagear inúmeros paulistas e brasileiros, agradecendo por esse passado notável, sempre olhando para o futuro. O trabalho é produto de pesquisa e se baseou em 829 edições da “Revista dos Criadores”, publicação regular que a ABC lançou em 1930, e tornou-se um patrimônio da pecuária nacional.

A pecuária brasileira deve à ABC o protagonismo da organização do registro genealógico de raças, base da edificação de um setor que vem impressionando o mundo agrícola. Em sua história de amplo êxito, soube identificar ações estratégicas e convergir em abordagem empresarial para a atividade que se posta soberana nos mercados nacional e internacional. Em seus quadros a ABC sempre reuniu, com harmonia, homens competentes com espírito desenvolvimentista. O enfrentamento de pautas polêmicas sempre foi e continuará sendo o dínamo da entidade.

Registrada no Ministério da Agricultura sob o n.º 35, em 20 de outubro de 1948, como Certificadora de Registro Genealógico de Bovinos, a ABC foi declarada também entidade de utilidade pública, por meio do Decreto Estadual n.º 33.811, de 1958. As atribuições já repassadas marcaram bons tempos na pecuária nacional. Entre os grandes projetos desenvolvidos junto ao rebanho bovino brasileiro pela entidade, destacam-se o serviço de registro genealógico, o controle leiteiro e o controle de desenvolvimento ponderal. Todas essas atividades eram realizadas pelos técnicos e veterinários da ABC, nos laboratórios da ABC. A partir de 1970, as análises passaram a ser realizadas no Instituto de Zootecnia de Nova Odessa (IZ) e, em 1999, foram transferidas totalmente para a Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (FEALQ).

Para manter sua tradição e representatividade, a ABC passa por um processo de revitalização administrativa e institucional. O atual Conselho de Administração, que tomou posse em janeiro de 2013 para um mandato de três anos, coloca em prática propostas que visam modernizar e dinamizar a entidade. Presidente desde 2001, o engenheiro agrônomo Luiz Alberto Moreira Ferreira, que está em seu quinto mandato, tem como meta ampliar a prestação de serviços aos associados e, para tanto, engaja-se no desenvolvimento de diferentes projetos.

O mais importante, em fase final de elaboração, é o “Portal do Conhecimento”, que entrará em atividade no início do próximo ano. Este “Portal”, extremamente bem recebido pela comunidade científica e aprovado pelo ITAL, I.Z., Instituto Agronômico e ESALQ entre outros, divulgará pesquisas, estudos, teses, etc., publicando o que de melhor é produzido nos institutos de pesquisa.

Ivaris Júnior

Assessoria de Imprensa ABC

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