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Baixa demanda de carne no atacado impede altas dos preços

Por Gustavo Rezende Machado, trainee da Agrifatto Consultoria

Apesar da baixa oferta de animais terminados ainda persistir em grande parte das regiões produtoras, a demanda interna fraca limita o potencial de alta para esse período de entressafra, e assim, observa-se baixa variação dos valores ofertados pela arroba do boi gordo em praticamente todas as praças acompanhadas.

São Paulo e Mato Grosso do Sul apresentaram aumento das escalas de abates em mais de 60% desde a semana passada, mas muito embora as escalas ainda continuem curtas, não se observa altas expressivas para os preços durante os últimos dias.

As indústrias localizadas nos estados de Goiás, Mato Grosso e Rondônia por exemplo, têm tido maior facilidade de obtenção de matéria prima, resultando também em aumento das escalas com relação à semana anterior. Assim sendo, os preços se mantiveram praticamente estáveis desde a semana anterior, ou ainda com ligeira queda em algumas praças.

Dessa forma, nota-se pequena queda para a média brasileira dos valores ofertados no período de uma semana. Para os pagamentos à vista a redução foi de 0,40% e para os pagamentos a prazo de 0,14%. Os preços médios observados para São Paulo hoje ficaram em R$141,7/@ à vista e livre de impostos.

No atacado, o preço para a carcaça casada bovina vem apresentando um movimento positivo, com aumento de 0,32% dos preços desde quinta-feira da semana passada e assim com o valor médio brasileiro em R$ 9,51/kg. O preço para o frango resfriado também contou com ligeiro reajuste, subindo 0,45% desde a semana passada e valendo R$ 3,34/kg. Por fim, a carcaça especial suína tem menor variação dos preços, apenas com pequena queda para o período de 0,16% e fechando hoje a R$ 6,15/kg.

Em conclusão, as escalas estreitas em algumas regiões, a baixa oferta de animais terminados e a perspectiva de chegada de bovinos de confinamento apenas para o final desse mês e início de novembro, fazem com que a provável alta da demanda por carne no atacado se torne o principal driver de uma alta dos preços para as próximas semanas, visto que o consumo sazonalmente tende a subir durante o início do mês e que conta ainda com o suporte do feriado nessa semana.