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Andanças | Capitulo 4 – Natal Ano Novo e Andanças

Nesta edição, decidi reviver um pouco das minhas andanças nesse período tão mágico e tão bonito do ano entre o Natal, o Reveillon e as primeiras semanas do Ano Novo.
Eu sempre alimentei um sonho de infância, que era o de conhecer o mundo. Era e é um grande sonho. E sonhos foram feitos para se tornarem realidade. É assim que procuro guiar a minha vida, trabalhando muito e focando na realização diária de um grande sonho.
Sonhos são como a água que corre num rio. Nunca tem fim. Você realiza um e logo já está pensando e sonhando com um novinho em folha.
Já passei esse período do ano em lugares tão diferentes quanto maravilhosos. Numa Jerusalém com o barulho de bombas, na linda arquitetura desgastada de Havana, numa Lisboa deserta por causa da tradição dos portugueses de degustar a ceia do Natal em família, na caótica Cidade do Cairo, nas areias do Nordeste brasileiro ou nas águas azuis do Caribe, na vizinha Buenos Aires ou nas badaladas Nova Iorque e Miami, em Nova Orleans, no interior tão musical dos Estados Unidos, nas ondas do Havai, no exótico Marrocos, entre tantos outros lugares inesquecíveis.
Vi de perto a maravilhosa queima de fogos na Ilha da Madeira, andei pela solidão da Patagônia, me perdi nas ruas de Paris; me emocionei com Istambul, na esquina da Europa com a Ásia; presenciei o pôr do sol em um 31 de dezembro no Egito, às margens do Nilo.
Apreciei mundos, sabores, bebidas e ritmos diferentes. Fiz muitos amigos, conheci gente e culturas tão díspares e, especialmente, enriqueci minhas memórias com o doce néctar da lembrança.
Vivo em São Paulo desde 1983 e gosto muito desta cidade. Na verdade, eu a amo. Gosto de tudo o que ela tem de bom, da vida cultural, dos bons restaurantes, das oportunidades de negócios. Mas, entre o Natal e o Reveillon de 2000, eu decidi sonhar que poderia viver nela apenas de sexta à segunda.
Nos demais dias, queria viver aqui em Porangaba, talvez para ter de volta um pouco do cheiro e do sabor da minha infância.
Estabeleci uma data para que isso acontecesse: no dia seguinte aos meus 50 anos. Nada pode ser mais real do que um sonho com data marcada. Afinal, 20 de julho de 2015 está logo ali.