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Andanças | Reminescências

Reminescências

É com indisfarçável orgulho que inicio esta nova coluna, a convite do Antonio Carlos Marcelino, diretor da Folha da Cidade. Em princípio, fiquei pensando um pouco em tudo que vivi nos últimos tempos, neste meu retorno a cidade de Porangaba, terra onde estudei por apenas dois anos, em 1978 e 1979, bem ali no Grupo Escolar.
Foi um tempo bom e de construção de sólidas e boas amizades, que permanecem até hoje, mesmo com a vida seguindo por caminhos tão paralelos.
Neste primeiro texto, ao invés de falar em marketing rural, proposta que talvez retome nas próximas edições, gostaria de falar de amizade e de valorização das raízes. Quero pedir licença aos leitores para voltar ao Bairro dos Mirandas, terra que me viu nascer e que, ainda hoje, me dá o privilégio de reunir um grande número de parentes, amigos e tantos colegas.
Foi o Bairro dos Mirandas que me ensinou a escrever as primeiras linhas e a ler as primeiras palavras.
Ainda está forte em minha memória meu primeiro dia de aula. Mais precisamente a chegada na Escolinha, de carona na garupa do meu avô Antonio Inácio (na verdade, Antonio Soares da Silva).
O lanche para o recreio eu levava numa canequinha de alumínio. Dentro dela, o arroz com frango preparado por minha mãe parece ainda estar quentinho e soltando aquela fumaça típica dos fogões a lenha no qual havia sido preparado.
Falo disso tudo com alegria. Falo disso tudo para agradecer imensamente a enorme acolhida que tive neste meu retorno. Minha festa de 40 anos, realizada no Bairro dos Mirandas, em 30 de julho de 2005, foi um reencontro com minhas raízes. Minha família, a primeira professora dona Maria, minha amiga Tereza, meus amigos da Escolinha Mista do Bairro dos Mirandas, amigos do Grupo, meus amigos e amigas trazidos pelas Andanças da vida, todos eles estavam lá a me dizer o quanto sou um privilegiado por tê-los comigo.
Pelo carinho especial e pela amizade, quero deixar por escrito minha lealdade e meu apreço pelo Prefeito Dito Machado, pessoa fundamental neste meu retorno. Dedico a ele um forte abraço. E agradeço especialmente ao povo do município de Porangaba, da cidade e do sítio, que tão bem me acolheu nestes dias.

Por Carlão da Publique