O Brasil abriu 34.253 vagas de emprego formal em maio, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira, 20, pelo Ministério do Trabalho. O resultado decorre de 1.242.433 de admissões e de 1.208.180 demissões.
O número mensal foi puxado pela agropecuária, que gerou sozinha 46.049 postos formais em maio. Em abril, o saldo positivo tinha sido de 14.648 vagas.
Em seguida, tiveram desempenhos positivos o setor de serviços (1.989 vagas a mais), a indústria de transformação (1.433 postos criados) e a administração pública (criação de 955 vagas).
Por outro lado, tiveram saldo negativo o comércio (-11.254 postos), construção civil (-4.021 vagas), indústria extrativa mineral (-510 postos) e serviços industriais de utilidade pública (-387 postos).
“Podemos constatar que a economia volta a dar sinais de recuperação, e um dos sintomas fundamentais para comprovação da recuperação econômica é a geração de emprego”, afirmou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, ao comentar o resultado.
Esse foi o segundo resultado positivo seguido e o primeiro para meses de maio desde 2014, quando foram abertas 58,8 mil vagas. O número ficou dentro das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde fechamento de 5 mil vagas a abertura de 49 mil postos, com mediana positiva em 19.187.
Regiões – A região que mais criou vagas formais em maio foi o Sudeste, com 38.691 postos. Nessa parte do país, destacaram-se Minas Gerais, com saldo positivo de 22.931 postos, e São Paulo, que criou 17.226 novas vagas.
Em segundo lugar, com maior crescimento de vagas entre as regiões, ficou o Centro-Oeste, com 6.809 novos postos formais, seguido do Nordeste, com 372 novas vagas.
Nas regiões Sul e Norte houve retração das vagas de trabalho, com fechamento respectivo de 10.595 e 1.024 postos.
Acumulado do ano – Considerando os cinco primeiros meses de 2017, houve uma abertura de 48.253 postos de trabalho com carteira assinada, após dois anos de saldo negativo para o período. De janeiro a maio de 2016, o Caged havia registrado fechamento de 448.011 vagas e, no mesmo período de 2015, 243.948 vagas foram suprimidas. Em 12 meses, há um fechamento de 853.665 vagas.
Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO e Agência Brasil