Estadão Conteúdo – Médios e grandes produtores rurais contrataram R$ 64,6 bilhões de instituições financeiras entre julho a novembro, o equivalente a 34% do total programado pelo governo para financiar a produção agrícola brasileira, de R$ 188,4 bilhões, informou nesta quinta-feira, 7, o Ministério da Agricultura. “Os financiamentos estão fluindo dentro da normalidade, porém com valores contratados 20,6% acima do mesmo período da safra anterior, quando foram aplicados R$ 53,5 bilhões”, disse em nota o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller. “O destaque fica para os empréstimos de comercialização, que cresceram 36% devido, sobretudo, aos preços de alguns produtos estarem em níveis inferiores àqueles praticados no período anterior.”
Conforme o ministério, nos cinco primeiros meses da safra 2017/18 as instituições financeiras liberaram 300 mil contratos de financiamento envolvendo crédito de custeio, industrialização, comercialização e investimento, ante 268,5 mil operações do período anterior. As operações de custeio, comercialização e industrialização atingiram R$ 52,3 bilhões, alta de 17,9%. Já as contratações na modalidade investimentos, que incluem aquisição de máquinas e de implementos agrícolas, chegaram a R$ 12,3 bilhões, com crescimento de 33,6%. O ministério informou que as contratações via Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) alcançaram R$ 12,3 bilhões, ante R$ 7,2 bilhões no ciclo anterior. “Desse valor, R$ 4,9 bilhões foram para operações de custeio, R$ 5,7 bilhões para comercialização, R$ 400 milhões para industrialização e R$ 1,3 bilhão para investimentos.”
Entre as linhas de crédito de investimento, operadas principalmente pelo BNDES e Banco do Brasil, o Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural) foi destaque, com desembolso de R$ 1,8 bilhão, ante R$ 962 milhões no período anterior. “As aplicações no Moderfrota, programa de aquisição de maquinário, atingiram R$ 3,2 bilhões.” Ainda conforme a pasta, contratações do Inovagro (Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária) somaram R$ 324 milhões, e as do PCA (Programa de Construção e Ampliação de Armazéns), R$ 303 milhões.