Experiente empresário, economista e líder setorial, Eduardo Alves de Moura, 66 anos, é pecuarista desde 1993, ano em que adquiriu sua primeira propriedade rural com gado: a fazenda Nova Viena, em Nova Xavantina (MT). Eduardo é um dos fundadores da Associação Nacional da Pecuária Intensiva (ASSOCON) e foi o seu segundo presidente, posto que ocupou por cinco anos. O histórico de lutas por melhorias aos pecuaristas e demais elos da cadeia da carne bovina, os pleitos aos órgãos governamentais, as batalhas em parceria com outras entidades de classe fizeram com que Eduardo Moura fosse a pessoa ideal para o comando da Assocon, na qual ingressou em 2011. Sob seu comando, indiscutivelmente a entidade avançou, conquistando ainda mais representatividade, com forte atuação nas principais bandeiras da atividade.
Eduardo é graduado em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi diretor da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) e, por 20 anos, foi sócio e diretor do Banco de Investimentos Garantia S.A. Com forte desejo de contribuir para a melhoria do país como um todo, ingressou na vida política. Foi suplente de deputado federal pelo PPS e, em 2015, nomeado secretário de Estado de Desenvolvimento Regional do Mato Grosso. Atualmente, ele é o presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Ager) e sócio-administrador da Iramaia Agropecuária.
Sempre direto em seus posicionamentos, Eduardo destaca que, indiscutivelmente, a pecuária melhorou bastante nos últimos anos e evolui muito tecnologicamente. “A integração lavoura-pecuária é uma técnica altamente produtiva e, em conjunto com os avanços no manejo sanitário, genética, nutrição e gestão, possibilitam levar os animais para abate mais jovens, inclusive até com mais peso. Paralelamente, o semiconfinamento conquistou o seu espaço e contribui para o aumento da produção de carne em menos espaço. Com todos esses ganhos, evoluímos muito em produtividade”, descreve o ex-presidente da Assocon.
Sobre os vários acontecimentos inesperados ligados à carne bovina de 2017, Eduardo destaca a força da pecuária e coloca como o maior desafio o ajuste da oferta e da demanda. Além disso, pede mais união da cadeia produtiva. “Os fatos mostraram que não tínhamos em quem nos apoiar. As lideranças precisariam ter agido de maneira integrada para enfrentar as críticas e defender o setor produtivo. Outro ponto importante: a atividade precisa investir mais em pesquisas e em marketing para divulgação dos avanços e como tudo é feito na pecuária. Temos muitas coisas boas para compartilhar com a sociedade”, explica.
Eduardo também faz questão de destacar a importância das ações de entidades de classe, como a Assocon, que atuam em prol do fortalecimento da pecuária intensiva e dos produtores rurais como um todo. “Nós sempre discutimos a união de todos os elos da cadeia. Essa é a grande contribuição da Assocon para a atividade durante todos esses anos. E este é o caminho certo a seguir. Essa transformação faz com a Assocon seja representativa não apenas para os confinadores, mas também para todos os demais players do mercado da carne”, declara Moura.
Sobre o cenário da carne bovina, Eduardo Moura lembra que a recessão econômica provocou queda de 25% no consumo per capita e isso impactou muito a atividade. “O rebanho precisa se ajustar a essa nova fase e a cadeia como um todo deve se unir para mudar esse cenário. É necessário alinharmos os esforços, para que não lutemos sozinhos a mesma batalha”, finaliza Moura.